Murilo Oliveira
Brasil, 25 de outubro de 2022.
Recentemente vi uma entrevista com a Rainha Consorte do Reino da Suécia Silvia, que é brasileira, explicando a genealogia de sua família. Eu considero de muita importância que se façam pesquisas fundamentadas, como foi essa da Rainha Consorte Silvia sobre a família de seu pai. E me sinto no dever de alertar que muitas vezes “vendo” como eu “compro” certos fatos sobre a genealogia de minha própria família materna, no sentido que algumas vezes apenas posso presumir como se encontraram diversos ramos da família. De todo modo, por ocasião do bicentenário da morte de Frei Galvão, que foi comemorado hoje no dia de sua canonização pelo Papa João Paulo II, vamos a alguns deles.
Gostaria de começar pela história de sua mãe, Isabel Leite de Barros, minha 6ª bisavó materna, que é bastante interessante. Isabel Leite de Barros, teria nascido 1717, em Pindamonhangaba (São Paulo), diferente de seu filho Santo Antonio de Guaratinguetá, ou simplesmente Frei Galvão, primeiro Santo nascido no Brasil, que é natural de Guaratinguetá. A história é especialmente interessante porque 1717 seria o ano alegado da primeira aparição de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Mais que isso, Isabel Leite de Barros, morre aos 38 anos, deixando Frei Galvão orfão junto dos demais irmãos que sabe-se assistidos por ele. Quando o fato é que os primeiros relatos de Nossa Senhora da Conceção Aparecida só ocorrem 40 anos depois de 1717, ou dois anos após a morte de Isabel Leite de Barros, mãe de Frei Galvão.
Essa devoção de Frei Galvão a sua mãe é tão sabida, quando os versos contidos nas pílulas entregues por ele, consideradas milagrosas: “Depois do Parto Permaneceste Virgem; Mãe de Deus, Intercedei por Nós”, que guardou de sobremodo na história de seus milagres relação com parturientes entre outras. Frei Galvão ainda iria construir com as próprias mãos parte do Mosteiro da Luz em São Paulo Capital, de onde tornaria-se patrono da Construção Civil, Arquitetos, Engenheiros, e até do Exército Brasileiro em Caçapava (São Paulo).
Mas aqui vale ressaltar encontros que concorrem na história da família em parentescos diversos, tais como, o de parte da família proprietária de terras em Atibaia (São Paulo), com os Galvão, precisamente o pai de Frei Galvão, Antonio Galvão de França (1706-1770), em Santana do Parnaíba (São Paulo). Atibaia é bastante célebre por além de paragem de parentes conhecidos como o Bandeirante Pascoal Leite Pais, judeu, de quem Frei Galvão viria a ser trineto. Para após a família de Atibaia (São Paulo) se encontrar com a família de Santana do Parnaíba (São Paulo), e se mudar para Guaratinguetá (São Paulo). Onde Frei Galvão viria a nascer em 1739.
Atibaia (São Paulo), ao lado de Bragança Paulista (São Paulo), seria paragem das mais nobres, frequentada por Bandeirantes ilustres, bem como pelo açoriano Matias Cardoso de Almeida, onde por exemplo meus testes genéticos me chamam atenção para a origem açoriana também, e só posso supor, mas me parece plausível, frequente que era a Corte Imperial Brasileira na cidade de Bragança Paulista (São Paulo), que esse parentesco chegue possivelmente até o Almeida da Rainha Consorte do Reino da Suécia Sílvia Renata Sommerlath, cujo avô materno era Artur Floriano de Toledo (1873-1935), descendente do rei Afonso III de Portugal e sua concubina Maria Peres de Enxara. Artur era o bisneto de Antónia de Almeida de Aguiar, descendente de famílias de fidalgos estabelecidas em São Paulo, durante o período colonial português. Dali, de onde minha família veio em Atibaia (São Paulo), surge o município de Bom Jesus dos Perdões (São Paulo).
Santana do Paranaíba (São Paulo) por sua vez, seria a origem do município de Pirapora do Bom Jesus (São Paulo). De onde por exemplo a cúria de Aparecida (São Paulo), é hoje comandada do Seminário Bom Jesus. O nome “Bom Jesus” se torna uma lembrança frequente. Mas não apenas por isso, de Santana do Parnaiba (São Paulo) enfim, mudariam para Guaratinguetá (São Paulo). E não obstante o movimento da família de Frei Galvão, o que se sabe é que a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida original do século XVII também foi trazida de Santana do Parnaíba (Sâo Paulo). Ou seja, existem inúmeros fatos concomitantes que ainda merecem sempre melhor trato do historiador carinhoso, que compreenda essas referencias tão queridas do povo brasileiro.
@CoexistenceLaw
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