Murilo Jambeiro de Oliveira
Brasil, 19 de dezembro de 2024.
Roberto Campos Neto passa nesse instante o comando do Banco Central para Gabriel Galípolo. Chegamos a esse momento com algum balanço como venho dizendo, mas fundamentalmente queria dizer sobre o Brasil vendendo Dólares para conter a desvalorização do Real. Eu sou daqueles que é crente no que chamo a Tríplice Coroa de empresas públicas que cumprem uma função social essencial, quais sejam, Correios e Caixa, com sua capilaridade especialmente até das loterias, mas ambas, com por exemplo as compras pela internet, são rentáveis e úteis, extremamente rentáveis e úteis na prestação de serviços a população do país, ao financiamento e ao financismo local.
A questão que já ouvi de absurdo, mas que nos assola nesse momento, é a terceira empresa dessa Tríplice Coroa, e eu me detesto as vezes por ser tão crente em certas coisas, que eu acredite que elas são rentáveis para o homem médio esclarecido, mas vamos aos fatos. A terceira empresa estatal da Tríplice Coroa mais importante entre todas é o Banco do Brasil.
O Banco Central do Brasil não faz oferta cambial sozinho. E são grandes as reservas soberanas brasileiras. Deveriam de fato terem feito ou fazerem ainda constantes ofertas de dólar no mercado. Especialmente se oferece-se a população com aceitação um LCI por menos de 80% do CDI, quando em qualquer esquina está sendo ofertada conta corrente com 200% CDI. Se isso é um realidade de produto bancário para uma determinada população, ofertar dólares para conter o câmbio, que repito não é feito pelo Banco Central do Brasil diretamente, mas pelo Banco do Brasil, é uma obrigação lá com o supermercado desse individuo que não acessa nem um LCA de 90% do CDI no Banco do Brasil.
Quer dizer, tem um custo ofertar dólares, mas é atividade essencial, e eu escuto pessoas constantemente dizerem que deveriam privatizar o Banco do Brasil. Não, ele não é loteria, nem entrega de produtos da internet, rentáveis e que poderiam ser privatizadas. Se eu sou a favor dessas duas ultimas duas privatizações? A depender de eu ter recursos para comprar ações das mesmas, e elas serem pulverizadas, sou sim a favor. É uma questão de consciência de classe.
@CoexistenceLaw
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