Murilo Oliveira
Brasil, 31 de julho de 2022.
O estudo do passado recente do Brasil, bem como a memória que temos da politica brasileira como sobre Brizola, as vezes esclarece muitas coisas. Ajuda de forma geral um povo que é chamado de sem memória. A Campanha da Legalidade, de 1961, foi uma cadeia nacional de rádios comandada por Brizola conclamando a população a se armar para garantir a posse de João Goulart. Esse, Jango, era cunhado de Brizola, e naquela circunstancia, era vice presidente em um sistema politico temeroso onde o segundo colocado nas eleições era alçado ao posto de vice causando pressões insuportáveis.
Mas mais que isso, o que observamos é que Jango fora o deputado federal mais votado nas eleições gerais de 1950 que trouxeram de volta Getúlio Vargas, que o transformaria em Ministro do Trabalho, que dobraria o salário mínimo, antes de Vargas se suicidar em 1954. Eu como neto atento escutei muitas vezes minha avó contando de 1953 ao que me parecia, quando ela foi estudar Biblioteconomia em Campinas, como o país já estava conflagrado.
A primeira pessoa que eu vi criticar veementemente as urnas eletrônicas, pedindo o voto impresso, foi Brizola. O mesmo Brizola da Campanha de Legalidade, e que muitos alegam ter tornado as coisas mais difíceis em um Rio de Janeiro armado no inicio dos anos 90. Atualmente, o que leio em diversos lugares é que os decretos de Bolsonaro, que também é critico das mesmas urnas, concedeu mais certificados de colecionadores de armas do que temos de membros das forças regulares em todo país, policias e forças armadas somadas. Não quero com isso fazer ilações, o fato preocupa por si só, mas que hajam traços comuns entre ambos é o tipo de pergunta que me faço faz tempo. No sentido de relação com esse lobby.
@CoexistenceLaw
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