Big Techs

Big Techs

Murilo Jambeiro de Oliveira

Brasil, 22 de janeiro de 2025.

Por suposto todas as minhas suposições de base estão na mesa nos jornais de hoje, quais sejam e vamos lá para começar um novo dia. A minha aposta a priori era que a cultura Ocidental, ou precisamente claro, o soft power norte americano ia gritar alto. É o panico classista de todos os dias da mídia tradicional. É uma aposta quase tão antiga quanto a questão dos Estados Unidos terem feito água na crise dos subprime, e que a partir disso, da decadência do padrão dólar, os Estados Unidos iam usar o poder militar propriamente dito. Essa impressão é anterior, de 2008, e a seguinte, que o poder cultural, o soft power ia agir de forma perversa e de difícil contorno é uma sensação de permanência, que veio logo a seguir, como entre Biden e Trump. Aberto está o dia!

A questão a seguir é do velhinho chinês, vamos sofrer de desindustrialização. É o que a aliança com a China propõe, e lindo que seja o partido reunido, o campo canta como a direita mais empoderada que se possa pensar. O lobby chinês de corte de impostos para as blusinhas, destrói a senhora que costura, a menina que faz calçados, a indústria de brinquedos, todas as ciências de baixa tecnologia, a ilusão do partido é plena, amanhã vai raiar no campo para direita. E não que isso tenha culpados, não é um ataque a China, eu acredito que o Ocidente é o primeiro que atenta contra a nossa industria de ponta, que mais agrega valor. Quem mais exporta para os Estados Unidos é São Paulo, Espirito Santo, Ceará, são as que estão em risco, que estão sob constante ataque do próprio Ocidente, do próprio Estados Unidos, como a Embraer e afins. Já temos a estimativa mais pessimista antes do meio dia.

Não temos mais costureira, e não tem engenheiro de software, não tem água e esgoto e não tem energia elétrica barata. E francamente, não age para ter nem costureira, nem engenheiro de software, com os impostos e as politicas para educação. Não age para ter água e esgoto, é licito gastar 40 milhões em shows sem isso, e não tem energia elétrica barata, é lógico que nada tem condição ou intenção de trabalhar as parcerias do público com o privado nessa resultante. Eu vou desembocar numa espécie de exílio ressentido, porque o outro é uma espécie culpados de tudo, ou uma espécie santos, que devem ser copiados. Os dois dados insignificam um despropósito se a gente tem algum plano para a costureira, para o engenheiro de software, para água e o esgoto, e para a luz elétrica. Os culpados de tudo e os santos que devem ser copiados, insignificam um absurdo.

Falo todo o tempo de questões culturais, como por exemplo as Ciências da Computação demandam as Ciências Sociais. Mais que isso por definição é ter luz elétrica barata, e um senso de algo que eu defino como uma atitude de ficar podando a copa de uma arvore do vizinho que invadiu nossa casa, ao invés de ter uma terra fofinha para ver as coisas brotarem no nosso quintal. Aliás as vezes é passar uma eternidade podando a copa dessa arvore do vizinho que invadiu nossa casa, tal e qual arvore é essa. O que é de uma inutilidade para o desenvolvimento criativo absurdo. Um ambiente de negócios onde haja insumos, não uma especialização em restringir um determinado modelo específico de negócios.

Aos fatos! Em geral eu acredito por exemplo que o professor em uma sala de aula, deveria, necessariamente, dar sua aula no seguinte sentido: encontre aí no celular tal coisa, combine suas pesquisas, transcreva, atarefá-los, professores e alunos, quanto ao objeto que tem em mãos. Mas a medida vem em linha com o governador ultra conservador da Florida, finjamos que tal coisa não existe. Por quanto tempo? Não deveríamos munir os professores de um sistema mensageiro para toda classe para todos os celulares de todos os alunos para ele usar durante a aula? Se eu aluno estou totalmente munido de telefones celulares na escola pública, eu estou totalmente munido de computadores pessoais, que vão trabalhar para a escola full time. Vamos disparar a cada instante mensagens para toda a classe com textos, com material, e tarefas engenhosas, que se observe e se cumpra com a ajuda desse terminal informático que você dispõe, que faz contas, faz traduções, faz correções gramaticais.

A mídia tradicional e os políticos fazem uma imensa gritaria sobre META, Alphabet, X, e o que propõe é um index de livros proibidos, de celulares proibidos. Antes fosse o menino de 8 anos que responde a todas no celular ao professor, que com 18 anos está desenvolvendo o aplicativo mensageiro e propositor de tarefas das escolas públicas. É uma lavada do soft power norte americano, uma derrota cultural imensa, porque por definição optou pelo atraso, e por ficar podando aquela árvore X na sua copa que invade nossas casas. Não se planta nada por falta de insumo base, e logo a seguir por falta de gênio criativo.

Logo a seguir vem o ponto que tratei também em diversas ocasiões, temos que considerar que fazer deficit não é um absurdo, se esse deficit é empregado em saneamento básico e infra estrutura. O que quer dizer, fazer divida com efeito multiplicador é o que o Estado deve ter em mente em qualquer parte do mundo, e aqui mais. Mas de largada, a gente age por exemplo como aquele sujeito deslumbrado que ele pode comprar um objeto na internet da China, por menos de 50 dólares, que é incrível. Produzir esse tipo de objeto que é incrível. Esse tipo de consciência deve ser aguda. Ou só vamos produzir picanha para o estrangeiro comer. A produção desse tipo de objeto, emprega jovens e idosos, de um extrato social que é da imensa maioria da população brasileira, de todas as idades e sexos.

Em princípio você pode comprar um objeto de menos de 50 dólares na internet com facilidade, na verdade dos fatos, você está desempregado, porque as fabricas que existiam de tal coisa, por exemplo blusinhas, sapatos, ou brinquedos, fechou. Basicamente todas essas fabricas fecharam, e isso era uma espécie de emprego extremamente importante para a manutenção da sociedade como um todo. Por definição você tem um trabalho de qualificação técnica de suma importância de ser defendido.

Francamente, se preservamos esses dois interesses claros, criar condições para que algo floresça, qual seja, investimentos em saneamento básico e infra-estrutura, e defendemos minimamente o fronte onde estão empregadas muitas de nossas forças, a questão não é a gritaria da defesa do interesse corporativista da mídia tradicional, a batalha não está dada se temos um ambiente favorável ao investimento onde a criatividade floresça, onde as pessoas tem condições sanitárias em todo país, como ponto de partida essencial para que possa estudar e trabalhar, e ter energia elétrica barata como demais insumos. A formação tende ao que hoje ainda não existe, que vem a ser a adequação local de cada aglomerado humano das Ciências da Computação a uma Ciência Social mais avançada e compreensiva.

É a questão de ficar podando o galho da tal arvore do vizinho que entra pela sua janela, você não tem a mais vaga condição prática, nem acumulo teórico, para saber que no seu jardim pode brotar algo completamente diverso e interessante para o interesse nacional. Desgraçadamente o que a gente supõe? O mesmo que um dado Governador da Flórida que proíbe uma determinada variedade de livros nas escolas, que se proíba o celular na escola. Ou melhor dito, se chegou o dia que cada aluno da escola pública chega na escola com seu computador no bolso, isso deve ser desprezado no processo educativo. Optando pelo atraso, e não pela inciativa de ter o provimento de wi-fi na escola que coloque todos os celulares na mesma sintonia, de um determinado aplicativo, que vai atarefa-las pelo celular todo o tempo, propondo a solução de problemas. E isso não vai gerar a sua geração nacional de engenheiros de software, que vai gerar a sua geração de softwares sociologicamente e culturalmente mais adequados para o seu povo.

Passar dias inteiros, meses, anos, acreditando que o Governo Federal, a AGU, CGU, o Supremo Tribunal Federal, vão resolver questões fundamentais do país, junto do interesse corporativista da mídia tradicional, culpando o Sr. Mark Zuckerberg, ou o Sr. Elon Musk, ou mesmo achando insólito e preocupante toda e qualquer iniciativa de Donald Trump. Sabido que já no Governo Joe Biden os Estados Unidos passam a fazer uma defesa de si e da sua moeda com armas convencionais, é um artifício comum dos Estados Unidos, era e é o esperado para o momento. Ou um passo adiante, a defesa da cultura norte americana, do soft power. das “Big Techs”, formando uma noção até que nova, do nativo americano, qual seja, o defesa dos interesses culturais deles no mundo através de sua industria de tecnologia, e de um determinado padrão cultural que responde pela exclusão territorial, que concebe o dado do nativo americano como nunca houve, ou qualquer coisa como dizer, uma cultura própria dos Estados Unidos que deve ser defendida em todo o mundo. Onde entra o Governo Federal do Brasil, a AGU, CGU, o Supremo Tribunal Federal? Que consigamos por exemplo que nossos homens públicos façam acordos entre empresas concessionárias de energia elétrica e consumidor com os preços mais baixos possíveis. Fomentar esse tipo de cultura que não temos, com o que isso implica. Conceber o dado que enquanto não houver 100% de água e esgoto em uma determinada região, os gastos com comícios e shows não possam ultrapassar um valor determinado do gasto público.

A cultura formativa do homem público é deveras mais importante, a despeito de o assédio do soft power estrangeiro, que é dado fixo entre nós já há muito tempo, as ditas afinidades culturais, mas se torna ainda mais severo e constante, não aliene pelo interesse partidário circunstancial, mas proponha a energia elétrica barata, a coleta de lixo e esgoto e água limpa para amanhecer todo dia bem, a escola conectada, a vovó empregada na costura, a primo na industria de calçado, o muleque caminhando para a engenharia de software desde lá dos seus 8 anos subvertendo o wi-fi da escola. E o político e os juízes contratando todas essas coisas, para que afim tenhamos bananas, maçãs, abacates, e qualquer outra coisa que não se costumou nem aqui nem em lugar nenhum. De forma diversa daquele Ipê que atravessa a fronteira entre as casas e as autoridades nacionais só sabem podar Ipê, nunca vão plantar uma Jaboticabeira. Como dizia meus avós, nós plantamos Jaboticabeiras para nossos netos chuparem.

Pois é fatídica a constatação, o norte americano vai defender sua industria bélica como saída, para variar mais um pouco vai defender sua industria cultural. O outro, supostamente o chinês, vai defender a habilidade dele de te vender um tênis por 8 dólares, e um brinquedo eletrônico genial por 1 dólar. E nós vamos reclamar. É como não ter o que defender, é como não ter um plano para nada. Lógico que é saúde, educação, e emprego nos importar e muito. Numa conjuntura sabida que um vai fazer guerra com bombas (até de fragmentação que nós vendemos) – e softwares, guerra propriamente dita e guerra cultural, na defesa do seu interesse, o outro vai vender de tudo por 1 dólar, se possível sem imposto. Nada consta como novidade, ou como absurdo chocante que deva ater mais nossa atenção ou nos obrigar a desatenção completa, mas plano nos exista quanto a isso. Gente capaz de colocar nossos planos em prática nos exista, com saúde, educação, e emprego, de forma que as gerações se sucedam, como as próprias “Big Techs” tendem a se suceder em todo mundo.

Acredite! As próprias” Big Techs” tendem a se suceder em todo mundo.

@CoexistenceLaw

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Murilo

Murilo Oliveira is a Brazilian lawyer, the themes proposed here are of variety, without political or religious purposes, as for all those who hold the angelic culture in great esteem. Visit: https://www.flickr.com/photos/198793615@N08

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