Yin Yang

Yin Yang

Murilo Oliveira

Brasil, 19 de junho de 2022.

Quando no Natal de 2020 a Estrela de Belém, a conjunção de Júpiter e Vênus, raríssima, aconteceu e especialmente no Natal, sabido que se referia conjunção planetária típicamente atribuida aquela avistada pelos Reis Magos, pensei como penso com a natureza em geral em meditar um pouco a respeito. O faço nos Solstícios, como do Inverno que se aproxima no Hemisfério Sul, o faço nos Equinócios, como o de setembro que comemoro o Michaelmas, e ocasionalmente contemplo eclipses e outros fenômenos.

Mas o que quero dizer é que as vezes preciso figurar hipoteses entre meus arrazoados, e nesse período a campanha da Beats Zodiac, de Gabriela Gallo me inspirava. Como em larga medida o Zodíaco Chinês. Eu sou um Galo de Metal em 100% de todas as hipoteses do elemento para o signo, que dizer que sou Metal no ano, na hora, e até como é mais próprio do signo. E pensando sobre tudo isso, descobri que Anitta que fazia a campanha também é um Galo de Metal como eu, não sei se de cabo a rabo, mas é. Noves fora, até Gabriela é Gallo, como Joe Gallo, que aconselhou Anitta a tomar um taxi Democrata, e passou a figurá-la como Vênus. Alguém tinha que ser Júpiter, vai…

E figura-la como Vênus deve ter dado sorte até Madame Tussauds, passando pelo primeiro lugar mundial no streamer, foi uma percepeção não particular de um momento feliz de uma carreira feminina. Figurar uma mulher entre tantas, era preciso que ela fosse empresária, que ela fosse artista, que ela rodasse numa velocidade compatível com esse determinado planeta. Mas dizia das minhas reflexões, eu procurava naquele dado momento de conjunção planetária um lugar de meditação privilegiado, não encontro, chovia e tudo mais. Sobre minhas reclamações, aquela que era a contraparte feminina de fato da época, dizia que não gostava de flertes feitos em sulfite A4 na frente dela, preferia um guarda-napo que ela pudesse enfiar na bolsa.

O que quero dizer, entre tantas coisas, é que os dias não vão a pampa, como se diz, daquele Natal até o Dia de Reis, embora minhas meninas tenham sua beleza. Eu sempre digo que todos nós buscamos, especialmente em nossa fé, “turning points”. Eu fico um pouco as vezes a cerca dessa data, como de alguma maneira o Dia dos Reis Magos que se sucede no 6 de Janeiro de 2021, é impactante ao extremo na sede do poder federal dos Estados Unidos da América, quais sejam os fatos ocorridos na Capitólio. Eu muito longe de tudo isso, estou como alego ser Mestre Jonas quanto a tudo, mais preocupado com minhas rosas do que com qualquer outra coisa. Se ela não quer flerte em A4 faço em guarda-napo.

E minhas rosas, e não especialmente nós homens de forma geral, não dão fracasso no xaxado. Eu sou de um tanto crente que são as mulheres que passam pelas maiores transformações no mundo hoje, e não sem sofrimento. As questões de autoimagem nunca foram tão complexas como hoje, onde a maior causa de mortes entre meninas jovens no mundo é o suicídio. Não é absolutamente simples, mas quando por exemplo eu escolho para figurar algumas análises minhas Anitta e não Madre Teresa de Calcutá, isso é deveras mais simples, inclusive em reconhecer o papel da empresária que nem sempre é evidente, ou muito mais ainda um aspecto religioso que ela tem e poucas pessoas sabem.

De certo modo é isso, uma parte substancial de alguns estranhamentos culturais entre muitos povos, está na imagem que fazem ou desejam das mulheres, as vezes absolutamente distante da realidade. Em maior ou menor escala todas as culturas e individuos do sexo masculino fazem uma imagem se não errada, idealizada, não chega a ser errada, e isso também que quero afirmar. Sondar nosso coração está em perceber que nossas meninas são lindas a despeito de muitos entreveros e apuros. Que esse “turning point” que todos desejamos, inclusive elas, está muito certamente em algum lugar interno a nossos corações, e não nas exaustivas construções, reformas, retoques, e estimativas das diversas praças. Ou mesmo naquela banca de mau que o mundo hoje exige delas. Como exige de nós todos.

Nossas meninas, ainda que estejamos olhando lá para praça chuvosa de homens agressivos em seus investimentos, estão em algum lugar interno a nossos corações. Perceber elas na diversidade, nesse profundo de nossos corações, é de suma importancia antes de olharmos para a praça a ver a nós todos com desdém. Porque hoje viramos todos seres que caçam, homens e mulheres indistintamente. Ou seja, em pesem os fatos por exemplo numa Estrela de Belém seguida de uma invasão do Capitólio, e lá não existiam apenas homens caçadores, ainda olhando para praça, hoje lá existe por exemplo Kamala Harris. Sei lá, alguma coisa indica que o tempo está passando, que a faculdade hora exercida de ter o voto de minerva no Senado Norte Americano é de uma mulher, negra, descendente de imigrantes, a despeito ou incluido aí o fato de pouco antes outras caçadoras ali estiveram tornando aquele Dia de Reis necessário de ser lembrado ainda hoje, e inclusive depois da Estrela de Belém nos visitar. Em guarda-napo claro!

@CoexistenceLaw

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Murilo

Murilo Oliveira is a Brazilian lawyer, the themes proposed here are of variety, without political or religious purposes, as for all those who hold the angelic culture in great esteem. Visit: https://www.flickr.com/photos/198793615@N08

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