Natividade Simultânea

Natividade Simultânea

Murilo Jambeiro de Oliveira

Brasil, 4 de janeiro de 2024.

Espinoza trabalhou a ideia de “Visões do Conatus”. Me questionava ao ler se em minhas metáforas havia criado um paradigma de involução, em relação da Filosofia Platônica, dado o paralelismo corpo e espirito apregoado por Espinoza. Que era um judeu, polidor de lentes, que foi excomungado, considerado Panteísta. A discussão me parece válida.

Imagine que o Conatus fosse todo o conhecimento que acessamos que há na nuvem, como a Web. O paralelismo corpo espirito facultaria esse acesso de acordo com certas condições bastante concretas. Foi minha duvida elementar ao enfrentar aula de Deleuze. Para o que eu afirmo que existe no “Paradigma Platônico” que vem a inspirar todo o Cristianismo ideias aproveitáveis. Contrapondo-o a essa hipótese minha, Platão vai nos falar de uma constante evolução. E por que acreditar que Espinoza estaria falando algo diferente disso? A bem da verdade por motivo algum do Panteísmo de Espinoza, Platão é valido.

Mas onde eu pretendo chegar? Continuam corpo e espirito sendo motores de imensa gama de questões de uma mesma existência humana. E isso atine as “Visões do Conatus”. Por exemplo, se dedicar desde muito cedo as classes de politica e geopolítica, geram um tipo específico de consumir de informação, que tende ainda que involuntariamente, a estar tendo um ponto de vista do conatus, próprio de um discurso geopolítico. Consumo, estudo, fricção corporal de determinada espécie, faz-se a luz de determinada espécie. Ainda que trato e hábitos mansos e pacíficos. A natureza de cada um também se opõe como o próprio espirito contra o corpo em relação a algo que não lhe é natural, ou lhe estranha como qualquer forma de violência.

Então onde estamos? Suponhamos que uma determinada natureza da obra de John Milton, que em geral não me é tão acessível e é ficcional, como de resto até textos canônicos tem sua imensa parcela ficcional, via esses dias que Bíblia vendeu 5 bilhões de exemplares, de longe o livro mais vendido da história, eu tenho em geral duas traduções no papel, e acessos um sem número de outras traduções na internet, quando tenho dúvidas de traduções e termos. Mas imagine que um determinada natureza da obra de John Milton, assevero novamente é uma obra ficcional, a qual não me dediquei ao mesmo estudo que outros textos muito vendidos e que influenciam bilhões de pessoas, mas John Milton me é feliz em tratar essa natureza como de intermédio entre o mundo astral e Terra, de simpatia tão ímpar que atrai pessoas muito distantes para seus cenários. E essa parte eu considero interessante, talvez não suficiente mas consignados que são textos ficcionais como de resto muitos outros.

No paralelismo de Espinoza, de corpo e espirito, uma educação voltadas para a questões do ser humano, como por exemplo Antropologia, convive com o guia turístico que alegoriza, faz metáforas, e análises, quase como parte de sua natureza mansa e pacífica, que as vezes não parece ter lugar na Antropologia. É celebre para mim a obra de Ruth Benedict, que nunca foi ao Japão, mas com sua Antropologia Cultural a serviço do governo dos Estados Unidos da América promove algo desastroso como Hiroshima e Nagazaki. São todos os assuntos relativos a natureza do homem em sociedade, como a Sociologia e a Ciência Politica, além da Antropologia, inóspitos a todo o tempo. Inclua-se aí as Ciências Jurídicas como correlatas. Temos apanhados de textos não ficcionais que sim, tem um estudo cansativo, e muitas vezes preocupantes sobre determinadas realidades.

Vem dai, de motores e não janelas que abrem e fecham todo o tempo, como o corpo e o espirito, sintonias com coisas do universo de tal e qual maneira, onde as fragilidades do corpo, as absorções, os relacionamentos, e os imperativos do espirito, permanecem em contato com o Conatus, onde permanece dispondo de “Visões do Conatus”, de jeitos típicos conforme. Tal qual as configurações todas do corpo se tornam sensível de prazer ou dor, e tem um determinado acumulo de dados da vida na Terra. Uma coisa certamente se ressente da outra, mas fundamentalmente, o “Paradigma Platônico” para filosofia Panteísta de Espinoza não estão descasados.

Ainda assim, não me é fato, como meus próprios textos, que sejam sempre baseados em dados jornalísticos por exemplo, em fatos sociais, se não alguns na mais pura ficção ou crença, prefiro chamar de ficção, pessoal. Que como disse, entre ciência e religião, as duas coisas não se abandonam, antes quando não há a explicação cientifica ou ela nos é duvida, imaginamos mundos bons ou maus, paraísos que o sejam. Talvez até melhor dizendo, paraísos que não são no meu modo de ver, como a canção do Barão Vermelho: “O Inferno é Aqui”, e sempre me proponho a reflexão daqueles marginalizados que se propuseram a usar o numero 81 como as iniciais de “Hells Angels” nesse sentido, em alguma ficção os Anjos na Terra são todos “Anjos Caídos”, estão no inferno que é a Terra. As vendagens restariam demonstradas como ficções ou não, habitar o imaginário humano é tão comum como desvenda-lo, e aqui conforme o gráfico não estamos falando de “Natividade Simultânea” de tais obras. Como se pode supor, existam todo o tempo muitas pessoas fazendo as mesmas perguntas na Terra toda ao mesmo tempo.

@CoexistenceLaw

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Murilo

Murilo Oliveira is a Brazilian lawyer, the themes proposed here are of variety, without political or religious purposes, as for all those who hold the angelic culture in great esteem. Visit: https://www.flickr.com/photos/198793615@N08

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